quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Aquarelas do Brasil

A situação do lugarejo era péssima. Faltava água, a luz durava pouco e emprego que era bom, virou artigo de luxo. As poucas famílias que ainda teimavam em viver ali, resmungavam o azar danado, entre uma ou outra lembrança de um tempo bom, que não voltava mais. A saudade dos filhos era o que mais apertava. A moçada tinha ido embora. Um ou outro, menos corajoso, ou mais desavisado, tinha ficado por aquelas paragens. Sombria, sem vida, a cidadezinha ia de uma missa a outra, de domingo a domingo, minguando como um postal amarelado.
De repente, aparece na praça da matriz um rapaz num carro lilás borboleta. O que já era muito pra se tornar notícia de primeira página, caso ali tivesse algum jornal ou algo parecido. Mas tudo andava tão devagar que até o satélite demorava mais tempo para identificar o lugar. Quando o moço abriu a porta, tirou os óculos brilhantes igual aos de artista de novela, ficou familiar. Era o Juca, filho da Anastácia, da mercearia.
Juca atravessou a rua, chamou pela mãe e foi um alvoroço. Fazia tempo que ele tinha saído pra estudar na cidade grande. Lá de vez em quando é que chegava uma carta ou outra, dizendo que tudo ia bem, no curso de Belas Artes. O que a população inteira não sabia direito do que se tratava. Sabiam que era coisa chique. Menos seu Zito, que insistia em afirmar que o filho da Anastácia tinha ido estudar pra virar boiola.
Pois até o Zito foi conferir de perto a nova estampa do rapaz. Beijos, presentes, explicações sobre a cor do carro, cheiro de perfume no ar e uma frase que espantou a todos. Juca tinha voltado pra ficar. Vai fazer o que o menino aqui nesse fim de mundo? Foi a frase mais falada na hora que se seguiu. Mesmo depois da explicação.
O rapaz tinha voltado com um projeto. Uma ideia na cabeça. Para a maioria uma maluquice, que não pegaria. Nada mais dava certo ali, acreditavam todos, com provas de sobra. Mas dona Anastácia acolheu emocionada tudo o que o Juquinha falava. Um bolo de fubá e uma boa xícara de café rechearam a primeira reunião que ele fez com uns quatro ou cinco que ainda permaneceram depois da surpresa inicial.
Na verdade o encanto passou quando Juca desandou a falar que iria colocar a pequena cidade no mapa cultural da região. Mapa cultural? Que diabo é isso? Conheço mapa de estrada, aquelas da quatro rodas, afirmou o filho do Zito; desconfiado de que o pai pudesse mesmo ter razão, e com umas pontas de inveja, por ter ficado lá e visto o colega voltar empavonado.
Mas o Juca arregaçou as mangas. Conseguiu uma área abandonada, com um galpão velho, e ali deu início ao projeto que havia planejado na faculdade: pintar as portas da e muros da cidade com obras de arte. Cada porta um quadro novo. Cada muro uma mensagem. Cada fachada um desenho. Dias depois alguns outros carros, gente ainda mais esquisita que ele, começaram a chegar na cidadezinha. A casa da Anastácia virou pensão. A praça da matriz estacionamento de carros e motos. O atelier, no galpão, virou escola. A criançada não via a hora de sair da aula pra se encontrar com os artistas. Havia cores no ar.
Em pouco tempo, Luzeiro das Almas saiu numa revista nacional. Como referência de um trabalho artístico que mudou o cenário local. Outros filhos voltaram. Nem todos artistas plásticos, mas todos muito orgulhosos. O Juquinha, bom menino, como mudara o discurso o seu Zito, fez de um sonho e latas de tinta, um novo lugar. Hoje tem turista de mundo todo. E artista disputando para pintar portas e paredes da cidadezinha. Mas agora é preciso esperar. O Hotel Anastácias só tem vaga pro ano que vem.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Jodinilson Paçoca, o especialista

Tenho amigos especialistas em quase todas as áreas. Aliás, quem não tem? Toda turma conta com o sujeito que entende de alguma coisa. Tem o que manja de vinho. Sabe tudo sobre Malbec, Cabernet, Merlot ou a uva que estiver no rótulo. Faz pose pra sentir o aroma e dá aula sobre o tema até ficar chato. Com umas taças a mais então, o que era chato fica insuportável. Um outro entende de cerveja: belgas, tchecas, alemãs, holandesas, britânicas, pretas, brancas, levemente escuras, amargas, de trigo, de cevada, seja o que for. O cara sabe de cerveja e pronto. Tem urticária quando alguém fala que cerveja é tudo igual. Ou que depois de uns copos não dá mais pra saber qual é a boa.
Pois então, na minha rede de amigos entendedores tem um que é uma raridade. Jodinilson Pinto de Alencar. Mais conhecido como Paçoca. Apelido do qual ele tem o maior orgulho. Tá até pensando em acrescentar ao nome. Só não sabe se coloca o Paçoca  antes do Pinto ou depois dele.
Eu que nem sabia que existiam vários tipos de paçoca, nem que tem a doce e a salgada, convivendo com Jodinilson acabei virando fã também. Não um mestre, mas um apreciador nas horas vagas. Especialmente aquela horinha vaga logo depois do almoço. Jodinilson é de Guaratinguetá, cidade paulista que ele garante ser a capital da paçoca. Ali começou, em casa, a desenvolver o gosto que se transformou em especialidade. E ele  é um sujeito que põe a mão na massa. Compra bem e ainda sabe fazer uma paçoquinha e tanto. Já tentou até me ensinar. Garantiu que com uma receita simples eu dou conta do recado. É só triturar juntos 100 g de amendoim torrado e sem pele com 100 g de açúcar, 50 g de farinha de milho e 50 g de farinha de mandioca, ou usar só 100 g de farinha de milho, depois vai ficar uma mistura bem fina, e... bem, ele desiste ao ver que sou daqueles que preferem a gôndola do mercado e até conhecê-lo mal comprava paçoca. Quando o fazia era pelo preço mesmo.
A última receita Jodinilson trouxe de Paraibuna. Como não me lembro de ter visto o Paçoca viajar recentemente, acho que ele pegou essa no Google. Mas, deixa pra lá. O importante mesmo é que a paçoca com banana e melado de caju estava extraordinária. E é legal sair com o Paçoca pra ir ao mercado ou feira. Até a paçoquinha industrial, aquela do pacotinho, que fica longe da elite onde está o chocolate e outros doces mais nobres, é visitada minuciosamente. Olha o rótulo, a procedência. Quando compra analisa a textura, morde com calma e depois saboreia. Diz que é preciso doer no canto da boca, assim, ali atrás. E ele gosta também da paçoca salgada. Nas próximas férias seu destino será Pirangi, no Rio Grande do Norte. Além das praias que convidam a um feriado eterno, parece que é lá que servem a melhor paçoca salgada do Brasil. Rapaz, deu água na boca. Paçoca no almoço e de sobremesa. Vou virar especialista!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pelé! 70 vezes 10

Ídolo

Pelé comemora neste dia 23 o seu aniversário de 70 anos. Tudo bem que a ESPN mostrou que de fato o rei nasceu no dia 21 de outubro. Mas, vá lá, ele comemora hoje e nós também. Edson Arantes do Nascimento é o maior ídolo que o Brasil já teve e continua sendo reverenciado em todo o mundo. Encantou o planeta fazendo com a bola o que poucos fizeram, e dela seu caminho para o topo.

Craque

Restrições à parte sobre sua vida pessoal e opiniões nem sempre equilibradas, o Pelé de quem falo é o que fez do Brasil o time mais temido. Foi sua estreia em 1958 que abriu para nossa seleção um novo caminho nos gramados. Mesmo não atuando como gostaria em 62 e 66, Pelé consagrou-se em 1970 como o maior de todos. No Santos já havia provado isso.

Incomparável

Quem ama o futebol não se enquadra no perfil daqueles que tem memória curta. O mundo da bola é sim um emaranhado de fatos marcantes, conquistas gloriosas, fracassos retumbantes e personagens inesquecíveis. Claro que alguns países tem um Pelé a seu modo. A Hungria de Puskas, a Argentina de Maradona, a França de Platini e Zidane, e até a Alemanha de Beckenbauer. De todos esses o que mais se aproxima de Pelé é Maradona. Um fantástico jogador cujas conquistas não deram a ele o status do rei. Como também não deram a Garrincha, outro que muitos dizem ser do tamanho de Pelé.

Artista

Penso que os números do eterno camisa 10 da seleção, além de imagens incríveis do que ele foi capaz de fazer, fundamentam o mito e apontam para a verdade. Foi ele mesmo o que melhor desenvolveu a arte de encantar a torcida e enfeitiçar a bola. O Brasil tem, especialmente graças a Pelé, um respeito e temor que já passa de 50 anos em todos os lugares onde o idioma da bola é falado.

Mito

E o futebol é tão poderoso e mágico que se seres de outro planeta aparecerem por aqui, dizendo a cinematográfica frase levem-me ao seu líder, muita gente vai pensar em chamar Pelé para a conferência.

Eterno

Claro que apagar as velinhas junto com o maior de todos nesse dia, é também um bocadinho melancólico. Eu vi Pelé quando era menino. Sua chegada mais perto do final do jogo a cada ano, é também um sinal de que envelheço. O que também não é de todo mal. Envelhecer é estar vivo. Comemorar o aniversário de quem representa o que o futebol tem de melhor, é estar ainda mais vivo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Enquanto uns mudam, outros melhoram

Academia corintiana de letras


Já disse por aqui que Tite é bom com as palavras. O que não significa dizer que sempre seja compreendido. Nem que sempre esteja no caminho certo. Ao afirmar que o Corinthians só leva o título se ganhar todos os jogos, proferiu a mais dura de todas as suas frases. Jogou um balde de palavra fria no torcedor. Sem vencer há sete jogos, o Timão teria então que subverter toda sua própria ordem para num giro mágico superar a tudo e a todos. Pelo jeito, nem com todo jeito com as palavras, tem jeito.


Ciganos F.C.


O Barueri virou Prudente, manteve o nome Grêmio, mas mudou de cidade. Saiu da grande São Paulo e tentou um novo rumo no oeste paulista. Com a queda bem perto a mudança parece não ter surtido efeito. Mesmo assim outros clubes decidem mudar de ares para ver no que é que dá. O Guaratinguetá foi para Americana, mas manteve o mesmo nome. Estranhíssimo caso: Guaratinguetá de Americana.


Outro


Agora é o São Caetano que ameça mudar de casa. Brigou com a prefeitura e aguarda propostas e juras de amor eterno para viajar de mala e chuteira para um novo destino. Sugiro São Caetano de Santa Rita do Passa Quatro.


Mestre


Falamos ontem aqui sobre o ranking dos treinadores, com Felipão entre os dez mais do cenário mundial e Arsene Wenger, do Arsenal, como o líder. Mesmo tendo ficado feliz por ver Scolari na lista, o que acho merecido, não consegui levá-la muito a sério. Afinal, Dunga é o 19º colocado; sabe-se lá Deus por quais razões. Opinião por opinião, tenho em José Mourinho o melhor e mais preparado de todos, com muitas léguas à frente. A forma com que mudou a cara do Real Madri em apenas três meses, sua vitória sobre o Milan no meio de semana e a maneira com que arma o time a partir do campo de defesa, explicam porque ele tem tantos títulos e é respeitado e reverenciado por onde passa.


Memória


Para Robinho o jogo em Madri foi triste. Entrou no final do segundo tempo, pouco pode fazer, e ainda foi vaiado por mais de 65 mil pessoas todas as vezes que tocou na bola. A torcida espanhola não o perdoa, pelo forma com que abandonou o Real. Tanto pediu pra sair, que saiu. Como também fez em Santos e no City. Sua chance no Milan é de provar que tornou-se um jogador acima de si mesmo. Mesmo que para isso tenha que colher alguns frutos em forma de vaias.

Vai que é tua

O bom desse jogo foi ver que Mano Menezes já tem seu lateral esquerdo. Marcelo, sob a batuta de Mourinho, tem se transformado num jogador completo. Habilidoso, consegue aos poucos superar sua maior deficiência, a defesa. Ainda bem que o técnico atual da seleção assiste aos jogos nos estádios e estava lá. Viu de perto que a 6 já tem dono.

O mundo é uma bola mesmo

Academia corintiana de letras



Já disse por aqui que Tite é bom com as palavras. O que não significa dizer que sempre seja compreendido. Nem que sempre esteja no caminho certo. Ao afirmar que o Corinthians só leva o título se ganhar todos os jogos, proferiu a mais dura de todas as suas frases. Jogou um balde de palavra fria no torcedor. Sem vencer há sete jogos, o Timão teria então que subverter toda sua própria ordem para num giro mágico superar a tudo e a todos. Pelo jeito, nem com todo jeito com as palavras, tem jeito.



Ciganos F.C.



O Barueri virou Prudente, manteve o nome Grêmio, mas mudou de cidade. Saiu da grande São Paulo e tentou um novo rumo no oeste paulista. Com a queda bem perto a mudança parece não ter surtido efeito. Mesmo assim outros clubes decidem mudar de ares para ver no que é que dá. O Guaratinguetá foi para Americana, mas manteve o mesmo nome. Estranhíssimo caso: Guaratinguetá de Americana.



Outro



Agora é o São Caetano que ameça mudar de casa. Brigou com a prefeitura e aguarda propostas e juras de amor eterno para viajar de mala e chuteira para um novo destino. Sugiro São Caetano de Santa Rita do Passa Quatro.



Mestre



Falamos ontem aqui sobre o ranking dos treinadores, com Felipão entre os dez mais do cenário mundial e Arsene Wenger, do Arsenal, como o líder. Mesmo tendo ficado feliz por ver Scolari na lista, o que acho merecido, não consegui levá-la muito a sério. Afinal, Dunga é o 19º colocado; sabe-se lá Deus por quais razões. Opinião por opinião, tenho em José Mourinho o melhor e mais preparado de todos, com muitas léguas à frente. A forma com que mudou a cara do Real Madri em apenas três meses, sua vitória sobre o Milan no meio de semana e a maneira com que arma o time a partir do campo de defesa, explicam porque ele tem tantos títulos e é respeitado e reverenciado por onde passa.

domingo, 17 de outubro de 2010

Oração do homem que não sabia que sabia pedir

Que homens e mulheres consigam viver uma realidade na qual não precisem pensar pelo estômago...

...que a opinião seja respeitada, mesmo que ainda existam aqueles que insistem em afiar a lâmina da guilhotina...

...que o futuro não pareça tão distante, mesmo que o calendário insista em dizer que é assim mesmo, apesar de tudo...

...que sonhar seja permitido, mesmo que aparentemente estejamos acordados...

...que aquele que abraçava só porque tinha interesses, ao menos retorne com um aperto de mão arrependido...

que os que choram, tenham acesso ao universo de quem ri, mesmo que as gargalhadas ainda não sejam permitidas...

que os que acreditam ter encontrado o caminho, tratem com amor os que enxergam com seus olhos outros rumos...

que assim seja, para todo aquele que o bem deseja, que seja assim, mesmo para quem crê que há um mal que não tem cura.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Para o amigo Antonio Thadeu Wojciechowski

Te entendo hoje
Muito mais do que entendia
Bem mais agora
longe
do que quando de perto ouvia

agora vejo tanto
que até escuto mais do que sabia
Palavras e sons com notas sóbrias
Embriagadas de poesia

África do Sul ignora legado da Copa do Mundo de 2010

África do Sul ignora legado da Copa

É assim que começa a matéria de Paulo Cobos, da Folha de São Paulo, que separei para refletirmos sobre os estádios que serão construídos no Brasil da Copa. Alguns deles em praças onde a bola rola mas a casa não enche.

Não deu outra. Os enormes e luxuosos estádios construídos para a Copa do Mundo da África do Sul não servem para o futebol local. A recém-iniciada temporada da liga sul-africana expõe essa cruel realidade.Os clubes fogem das arenas do último Mundial. Das 96 partidas da liga até o final do ano, apenas 20, foram marcadas para um dos dez estádios erguidos para o Mundial, que juntos custaram mais de R$ 4 bilhões.
Dos nove jogos realizados até agora em arenas da Copa, só a rodada dupla de abertura, disputada na Cidade do Cabo, teve um público bom. Foram usados diversos tipos de promoção para a distribuição de ingressos, e 43 mil torcedores foram à partida, pouco mais da metade da capacidade do estádio.
Nos outros sete jogos, o público presente foi um grão de areia na imensidão das arquibancadas --a média ficou em 3,2 mil torcedores.Segundo dados oficiais da liga sul-africana, o jogo entre Platinum Stars e AmaZulu levou só 200 pessoas ao Royal Bafokeng Stadium, que tem capacidade para 46 mil torcedores. No Mundial, abrigou até jogo da Inglaterra.
Principal palco da Copa, quando recebeu mais de 80 mil fãs por jogo, o Soccer City, em Johannesburgo, só abrigou um duelo da primeira divisão sul-africana. E apenas 5 mil pessoas viram o empate sem gols entre Orlando Pirates e Free State Stars.
Até estádios mais modestos, como o de Bloemfontein, foram preteridos por outros ainda mais espartanos.vOs clubes do país preferem estádios menores e mais próximos às suas sedes, diminuindo, assim, a chance de prejuízo.
Só para a limpeza das arenas após os jogos, calcula a federação, é necessário um investimento, em material e contratação de pessoal, de pouco mais de R$ 45 mil. Antes do início da temporada da liga, o futebol sul-africano já dava sinais que é muito pequeno para os estádios do último Mundial.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

El parto de la madre tierra

Destinos

Foi impossível conter as lágrimas durante a cobertura jornalística do resgate dos mineiros no Chile. Não somente por causa do reencontro das famílias, mas também em função das histórias e curiosidades. O futebol estava presente. Manuel González, primeiro voluntário que chegou ao fundo da mina, e Franklin Lobos, um dos mineiros, foram adversários em 1985. González jogava pelo O''Higgins e Lobos, um dos mineiros soterrados, defendia o Cobresal e chegou a jogar pela seleção chilena. O reencontro do socorrista com o motorista, mostrado para todo o mundo, serviu para exibir que nem só de glamour vive o futebol, e nem só de riquezas minerais vive um país.

Família

O não de Parreira ao Corinthians é na verdade um talvez. Alegando ter assumido compromissos familiares e prometido que não mais trabalharia em 2010, o técnico deixou a porta entreaberta. Só que o Timão tem pressa. E por culpa do próprio clube. Quem disse que a causa da queda de rendimento foi Adilson Batista? E agora? Põe quem no lugar do rapaz? Se ele fosse ruim não estaria com uma série de propostas engatilhadas para o ano que vem. O que a diretoria não percebeu é que Cruzeiro, Fluminense e Inter pensaram longe, grande e com planejamento. Coisa que um time que se deixa influenciar tanto por torcidas organizadas não conseguirá nunca.

Eterno enquanto dure

Um fato curioso na Alemanha é o oposto do que vemos por aqui. E a ideia partiu do Mainz: oferecer um contrato vitalício ao técnico Thomas Tuchel. Com sete vitórias em sete jogos, a sensação da temporada lidera o Campeonato Alemão já com três pontos de vantagem para o Borussia Dortmund, segundo colocado. O diretor Christian Heidel disse ao jornal alemão “Bild” que está disposto a dar um contrato com prazo indeterminado a Tuchel. Segundo ele existe uma enorme confiança dos dois lados e o treinador incorpora a filosofia do clube. Ou eles tomam cerveja a mais ou são diferentes mesmo.

Política em campo

A Sérvia pode ter sérios problemas em seu sonho de integrar a Comunidade Européia. O mercado unificado pode fechar as portas por mais tempo em função de incidentes que vem ocorrendo dentro e fora do país. Nem mesmo estádios tem escapado. Autoridades garantem que a briga entre torcedores sérvios com italianos em Gênova, num jogo pelas Eliminatórias da Eurucopa, foi coisa mandada. Eles acreditam que radicais estariam agindo para manchar a imagem do país e impedir sua entrada na União Européia. O narcotraficante Darko Saric seria o mentor e financiador das ações. Coisa de filme!

Fora de campo

A política aqui não chegou às arquibancadas assim. Fica mais restrita a um debate ou outro, nos intervalos das discussões sobre futebol e religião, em mesas redondas e quadradas por todo o país. Mas o esporte bem que poderia passar a ser tratado com a seriedade que merece e ser alvo de uma boa reforma. O duro é entrar na fila. Antes dele tem a reforma da previdência, a da política, a tributária...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Fomos, vimos e vencemos!

Papo cheio

O Cruzeiro se valoriza na hora certa. Quem está aplicando a curto prazo aposta a grana nos azuis de Minas por questões óbvias. Tem um elenco que sobra, um trabalho bem estruturado, bom comando e cresceu na hora certa. Vá lá que a maioria das vitórias é na base do 1 a 0. E daí? Se a galinha enche o papo de grão em grão, porque a Raposa não?

Paladar

Dureza é para as torcidas de Fluminense e Corinthians. O doce sabor da liderança vai ficando amargo na medida em que as derrotas descem goela abaixo.

Resultado

No caso do Fluminense é possível argumentar que o que parecia um grande elenco ficou reduzido a uns poucos. Não é tudo o que se imaginava e algumas peças simplesmente não engrenaram. Mesmo assim o título não está perdido. O problema é o moral da tropa. Derrotas seguidas, contusões idem, fazem do Tricolor um time com cara de desânimo, ou de poucos amigos, bem no estilo Muricy.

Se bem que

É melhor um Muricy na mão do que um Adilson e um Mano voando. O Corinthians vive situação bem pior que o Flu. Perdeu 13, de 15 pontos disputados. E perdeu a vergonha, ao deixar que transformassem sua antiga casa, o Pacaembu, em casa da Mãe Joana.

Luz, câmera...

Na medida em que o seriado Brasileirão 2010 faz mais sucesso, outros protagonistas aparecem: Inter e Santos ganham mais destaque em seus respectivos papéis. Heróis para seus torcedores, vilões para os adversários. Um bom filme, cujo final é muito cedo pra antecipar. Não é prudente ainda dizer quem morre no final.

Estratégia

Os italianos vaiaram, a arbitragem escorregou, mas não teve jeito. O vôlei brasileiro é tricampeão do mundo, com sobras. A vitória sobre Cuba na final apagou qualquer sinal de imagem negativa. Mesmo a que possa ter ficado após o Brasil entregar um jogo pra não precisar viajar e pegar um chave mais complicada. A Itália é que se deu mal Armou um regulamento estilo arapuca, pra quebrar o Brasil e se dar bem. Não adiantou nada: fomos, vimos e vencemos. Ave Bernardinho!

Ave, Bernardinho!

Papo cheio

O Cruzeiro se valoriza na hora certa. Quem está aplicando a curto prazo aposta a grana nos azuis de Minas por questões óbvias. Tem um elenco que sobra, um trabalho bem estruturado, bom comando e cresceu na hora certa. Vá lá que a maioria das vitórias é na base do 1 a 0. E daí? Se a galinha enche o papo de grão em grão, porque a Raposa não?

Paladar

Dureza é para as torcidas de Fluminense e Corinthians. O doce sabor da liderança vai ficando amargo na medida em que as derrotas descem goela abaixo.

Resultado

No caso do Fluminense é possível argumentar que o que parecia um grande elenco ficou reduzido a uns poucos. Não é tudo o que se imaginava e algumas peças simplesmente não engrenaram. Mesmo assim o título não está perdido. O problema é o moral da tropa. Derrotas seguidas, contusões idem, fazem do Tricolor um time com cara de desânimo, ou de poucos amigos, bem no estilo Muricy.

Se bem que

É melhor um Muricy na mão do que um Adilson e um Mano voando. O Corinthians vive situação bem pior que o Flu. Perdeu 13, de 15 pontos disputados. E perdeu a vergonha, ao deixar que transformassem sua antiga casa, o Pacaembu, em casa da Mãe Joana.

Luz, câmera...

Na medida em que o seriado Brasileirão 2010 faz mais sucesso, outros protagonistas aparecem: Inter e Santos ganham mais destaque em seus respectivos papéis. Heróis para seus torcedores, vilões para os adversários. Um bom filme, cujo final é muito cedo pra antecipar. Não é prudente ainda dizer quem morre no final.

Estratégia

Os italianos vaiaram, a arbitragem escorregou, mas não teve jeito. O vôlei brasileiro é tricampeão do mundo, com sobras. A vitória sobre Cuba na final apagou qualquer sinal de imagem negativa. Mesmo a que possa ter ficado após o Brasil entregar um jogo pra não precisar viajar e pegar um chave mais complicada. A Itália é que se deu mal Armou um regulamento estilo arapuca, pra quebrar o Brasil e se dar bem. Não adiantou nada: fomos, vimos e vencemos. Ave Bernardinho!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A Raposa come quieta e o mestre é Cuca


Crime...

Faltas violentas, que tiram o jogador por um tempo dos gramados, deveriam ter uma punição exemplar e compatível. Quem machucou tinha que ficar afastado dos gramados até que a vítima se recuperasse. Veja o caso do francês Ben Harfa. Uma entrada irresponsável do holandês Nigel De Jong, do Manchester City, quebrou a fíbia e a tíbula do jovem meia-atacante. No hospital, após a cirugia, De Joung até tentou visitá-lo para pedir desculpas. Deu com a cara na porta. Diretores do Newscastle informaram que o atleta machucado estava triste e não iria recebê-lo.

E castigo

Interessante foi o que fez o técnico da seleção holandesa. A violência do seu volante serviu para que ele fosse cortado da última convocação. Justiça feita em casa.

Não chore por mim...

Não dá pra comparar muito, mas por conta da rivalidade torna-se inevitável. O Brasil venceu no meio de semana e a Argentina perdeu. Tá bom, vá lá, nós ganhamos do Irã, os hermanos perderam pro Japão. Bem, o adversário deles era um bocadinho melhor e jogou em casa, mas se fosse o contrário, todas as manchetes de lá dançariam de alegria por nossa derrota. Como a maré de azar é deles, pode preparar mais um tango com tragédia.

Na roda de chimarrão

Renato Gaúcho subiu no salto. Dez pontos atrás do líder e já dá entrevistas falando em título. Quer repetir a arrancada do Mengo no ano passado. Só precisa combinar antes com o rival Inter, o Santos, Corinthians, Cruzeiro, Flu e o próximo adversário, o Vasco. Sem falar nos que estão perto dele na tabela e também sinalizam com uma reação. Ao menos a declaração esquentou as chaleiras...

Comparando

Para o corintiano, pior do que viver a fase das derrotas, com o time despencando aos poucos na tabela, é a comparação com o Palmeiras de 2009. Lembra? O Verdão estava na frente, candidato ao título, com as apostas favoráveis, e acabou fora da Libertadores. Por mais que não queira, a Fiel terá que viver com um espelho indesejável no quarto de visitas. A não ser que o time reaja. O que parece difícil no momento. Lesões, falta de peças pro ataque e o abandono da sorte são ingredientes que fazem a história se repetir. Por pior que pareça.

Come quieto

No melhor estilo mineiro, bão demais da conta, o Cruzeiro chega perto do topo. Contra o adversário direto, o Fluminense, decide quem fica na ponta neste domingo. A Raposa come quieta, e o mestre é Cuca

A Raposa come quieta porque o mestre é Cuca

Crime...

Faltas violentas, que tiram o jogador por um tempo dos gramados, deveriam ter uma punição exemplar e compatível. Quem machucou tinha que ficar afastado dos gramados até que a vítima se recuperasse. Veja o caso do francês Ben Harfa. Uma entrada irresponsável do holandês Nigel De Jong, do Manchester City, quebrou a fíbia e a tíbula do jovem meia-atacante. No hospital, após a cirugia, De Joung até tentou visitá-lo para pedir desculpas. Deu com a cara na porta. Diretores do Newscastle informaram que o atleta machucado estava triste e não iria recebê-lo.

E castigo

Interessante foi o que fez o técnico da seleção holandesa. A violência do seu volante serviu para que ele fosse cortado da última convocação. Justiça feita em casa.

Não chore por mim...

Não dá pra comparar muito, mas por conta da rivalidade torna-se inevitável. O Brasil venceu no meio de semana e a Argentina perdeu. Tá bom, vá lá, nós ganhamos do Irã, os hermanos perderam pro Japão. Bem, o adversário deles era um bocadinho melhor e jogou em casa, mas se fosse o contrário, todas as manchetes de lá dançariam de alegria por nossa derrota. Como a maré de azar é deles, pode preparar mais um tango com tragédia.

Na roda de chimarrão

Renato Gaúcho subiu no salto. Dez pontos atrás do líder e já dá entrevistas falando em título. Quer repetir a arrancada do Mengo no ano passado. Só precisa combinar antes com o rival Inter, o Santos, Corinthians, Cruzeiro, Flu e o próximo adversário, o Vasco. Sem falar nos que estão perto dele na tabela e também sinalizam com uma reação. Ao menos a declaração esquentou as chaleiras...

Comparando

Para o corintiano, pior do que viver a fase das derrotas, com o time despencando aos poucos na tabela, é a comparação com o Palmeiras de 2009. Lembra? O Verdão estava na frente, candidato ao título, com as apostas favoráveis, e acabou fora da Libertadores. Por mais que não queira, a Fiel terá que viver com um espelho indesejável no quarto de visitas. A não ser que o time reaja. O que parece difícil no momento. Lesões, falta de peças pro ataque e o abandono da sorte são ingredientes que fazem a história se repetir. Por pior que pareça.

Com quieto

No melhor estilo mineiro, bão demais da conta, o Cruzeiro chega perto do topo. Contra o adversário direto, o Fluminense, decide quem fica na ponta neste domingo. A Raposa come quieta, e o mestre é Cuca

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um pouco do pouco da seleção e do Brasileirão

Rescaldo...

O Irã joga com força. É uma seleção que tenta pressionar e marcar homem a homem. Mas suas limitações são maiores que o esforço. De qualquer modo para algumas coisas o amistoso pode ter servido, além de melhorar o caixa. Ficou claro, por exemplo, que a ala esquerda ainda é uma região não habitada. André Santos é esforçado, tem uma certa técnica, mas ainda não sabe se vai ou vem. Sua indecisão pode ser tática, é claro, mas pelo jeito essa é uma vaga que continua em aberto.

Do rescaldo...

Outro ponto obscuro do time de Mano é Robinho. Contra uma zaga em linha, lenta e pouco técnica, ele tinha que desequilibrar. Esperar isso de outros atletas, mais verdes na seleção ainda é pedir muito. Mas ele, ainda inexplicavelmente badalado, deveria, por obrigação de ofício e tempo de casa, jogar muito mais do que vem jogando. A desculpa, obviamente, será a do desentrosamento. Mas desculpa, você já sabe, é boa quando nos serve.

E ponto

Sorte mesmo deu o corintiano Elias. Entrou, deu um passe certeiro e Pato marcou. Ponto pra ele e para uma característica do esquema que Mano tenta implantar: com os volantes mais técnicos e uma capacidade maior de chegada. Tudo bem que parece ter enfraquecido o sistema defensivo. O Irã mandou bola na trave e rondou o gol algumas vezes. Mas é um preço a ser pago. Nada que muito treino e alguns amistosos, de preferência contra times mais fortes, não resolvam.

Descoberta

Paulo César Carpegianni e o São Paulo vivem sua lua de mel. O caminho das vitórias sinaliza para um período de calmaria no Morumbi. Qualquer declaração que o novo comandante faz, agrada, encanta, fascina o torcedor. Dagoberto, por exemplo, tempos atrás esquecido num banco qualquer, foi redescoberto. O treinador tricolor é só elogios ao comportamento tático e técnico do rapaz. O vento está a favor do atacante novamente. Daqui uns dias vira selecionável.

Milagres

Mas se Dagol é o cara no São Paulo agora, o que dizer de Jonas? Este sim foi o patinho feio durante um bom tempo. Artilheiro do Grêmio e do Brasileirão, o atacante justifica o nome. Um dia engolido pela baleia, no outro, milagrosamente um novo Jonas. Resta saber se não vai se transformar em um novo Val Baiano. O tempo, amigo de Dagoberto, saberá dizer.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Boas lembranças

Assistando aos vídeos dos programas que gravamos na campanha, parei para observar a primeira entrevista que fiz com Confúcio Moura. Foi o início de um trabalho que tem sido muito gratificante. Equipe profissional, boas pessoas, ambiente agradável e boas perspectivas. Obrigado a todos, pela oportunidade, amizade e crescimento.
Veja um pouco você também:

http://www.youtube.com/watch?v=W4LWYpK3szs&NR=1

Argumentos

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sobre eleitos e medalhas

Desempenho

Em semana de eleição é quase impossível não falar do assunto, concorda? Procurei, pra matar a curiosidade, saber como se comportaram os atletas e ex-atletas que tentaram uma vaguinha graças ao apoio dos fãs. Vamos aos eleitos: Danrlei e Romário podem correr pro abraço. Com boa votação estarão no Congresso em 2011. Bebeto e Marques serão deputados estaduais, no Rio e em Minas, respectivamente. Sem todo o ibope que imaginavam ficaram de fora, Marcelinho Carioca, Harlei, Vampeta, Popó, Túlio Maravilha e Maguila, esse último com míseros 2.951 votos. Alguns poderão reclamar que o Tiririca pegou deles alguns votinhos preciosos. Precisava ter 1 milhão e 300 mil votos?

Promessas

A CBF aproveita a onda de promessas que atravessa o Brasil, em período eleitoral, para também fazer das suas. Sobre a vaga brasileira na Libertadores, que foi surrupiada pela Conmebol, a Confederação Brasileira ficou apenas no “vamos tomar providências”. De prático mesmo não fez nada. O resultado é um Brasileirão com tudo para ficar sem graça. Times que podiam almejar uma arrancada para entrar no G4, sabem que com um G3, que foi o que sobrou pra nós, fica quase impossível.

Água pro vinho

O nadador brasileiro Thiago Pereira, em entrevista ao jornalista Elia Júnior, da Band, resumiu de forma perfeita a realidade olímpica nacional. Ao responder porque optou por treinar nos na América do Norte disse que é tudo uma questão de mentalidade e apoio para o sucesso. No Brasil o atleta treina para chegar a uma Olimpíada, já nos Estados Unidos se treina para ganhar a competição. É uma diferença e tanto.

Aprendizado

O resumo feito por Thiago, que estuda e treina nos States, mas compete também pelo Corinthians, é que o apoio que o americano recebe desde criança e o mega apoio que recebe quando chega à faculdade tem um peso enorme nas conquistas daquele país. Não basta apenas ter os locais e meia dúzia de projetos. Nem basta apenas ter boa vontade. A mentalidade competitiva e a presença do esporte no aprendizado são parte de uma cultura que, mesmo com restrições temos que dar a mão à palmatória. Das 100 melhores universidades do mundo, 80 estão nos Estados Unidos. E todas, todas elas, tem centros de treinamento de alto rendimento esportivo.

Primo pobre

Enquanto tivermos nosso complexo de vira-lata, bateremos palma e continuaremos treinando só para chegar aonde os outros vencem. Tanto é verdade que o presidente do Comitê Olímpico Nacional já falou qual é o grande objetivo do Brasil nas Olimpíadas do Rio em 2016: alcançar o 10º lugar no quadro de medalhas. Nível atual da Ucrânia. É de chorar!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Galinho levanta a poeira e sacode o Fla

Murro...

Publiquei esta semana que havia muita sujeira embaixo do tapete do Flamengo. A sugestão era mexer nisso após o Brasileirão. Mesmo se houvesse uma queda para a Série B, que fez muito bem a vários clubes. Mas a saída de Zico da direção de futebol do clube, com todas as consequências que está trazendo, sacudiu a poeira pra valer. Após o pedido de demissão do Galinho o vice de futebol também pediu o boné; é o quarto a deixar o cargo só em 2010.

Em ponta de faca

O pivô da crise é o presidente do conselho fiscal do clube, Leonardo Ribeiro, conhecido como Capitão Léo. Ele teria despertado a ira final do maior ídolo do Flamengo ao dizer que os filhos de Zico estariam envolvidos e se beneficiando com a transferência de jogadores do CFZ para o Fla. O Galinho anunciou sua saída no começo da madrugada, através do site. Logo pela manhã a notícia ganhou ares de manchete internacional. Pra piorar, pelas agulhadas e alfinetadas que estão pintando na mídia, vai faltar caçamba pra carregar toda a sujeira.

Plim-plim

Ao acreditar que seria possível mudar as coisas no Flamengo, encastelado na política e pouco profissional no futebol, Zico entrou num terreno lamacento e perigoso. Bateu de frente com um corporativismo que já havia se instalado no Mengão há muito tempo. Sai decepcionado e ainda correndo o risco de sofrer uma poderosa campanha difamatória. Sorte dele é que a Globo ficará do seu lado. Se bem que a maioria de nós ficará também. Zico é daqueles que tem lugar no coração de todas as torcidas. Falo da emissora de TV porque foi ela a impedida de entrar na Gávea, para a transmissão de um programa ao vivo.Logo a Globo, tão chegada da nação rubro-negra. Prepare-se: vem matérias bombásticas por aí.

Cidadania

Prezadíssimo leitor, preciosa leitora: permita-me encerrar a coluna hoje com uma rápida reflexão sobre os caminhos que seguiremos a partir deste domingo, 3 de outubro, dia de eleição. Claro que se o STF tivesse dado um exemplo melhor de cidadania, saberíamos com maior convicção que o processo eleitoral teria seu caminho natural respeitado. Como isso não será possível, ficou mesmo com a gente. Está em nossas mãos, na ponta dos dedos, a responsabilidade. Como este espaço me foi reservado para falar de esporte, tomarei o cuidado devido. Sugerindo a você uma reflexão profunda sobre como os investimentos neste setor, a partir da educação e da inclusão, podem transformar toda a sociedade. Analise, verifique, pese todos os prós e contras, e vote. Não pedimos um país de Olimpíadas, mas um país com esportes olímpicos para todos. Não exigimos um país de Copa, mas o acesso ao futebol, estádios decentes, seriedade, crianças com oportunidades. Não queremos nada extraordinário, mas a possibilidade de que nossos futuros governantes enxerguem mais as pessoas, e menos as coisas. As pessoas continuam sendo mais importantes.